A casa francesa de moda deixa de apresentar suas coleções de alta-costura na passarela. Em vez dos habituais desfiles durante os shows de alta-costura, a grife francesa providenciou um desfile altamente exclusivo para a apresentação de sua coleção Outono/Inverno 2011. A marca resolveu abandonar as passarelas e investir em apresentações privadas destinadas apenas aos seus clientes e selecionados editores de moda, em uma casa de Paris, na Place Vendôme. As habituais 20 criações foram reduzidas pela metade. O designer da marca, Riccardo Tisci, afirma: “Eu quero fazer couture ainda mais exclusivo”.
A mudança de estratégia não foi feita por razões de custos, já que as despesas devem subir cerca de 35% devido ao modelo de reservas para reuniões com clientes exclusivos. “Depois de uma crise sempre começa uma nova era”, disse Tisci. “Agora você tem que ser criativo. E para a haute couture significa voltar a ser muito exclusiva.”
O estilista Ricardo Tisci, conhecido por seus desfiles de apelo teatral, e que atualmente é um dos nomes mais comentados na Europa pela sua estreia na prêt-à-porter da Givenchy, vasculhou os arquivos da marca para relançá-la. Até os anos 1960, a marca apresentava seus modelos apenas para um número pequeno e exclusivíssimo de clientes. Ao retornar ao modelo inicial de apresentação da haute couture, a Givenchy está retornando às suas raízes e reforçando seu posicionamento com uma marca de alto luxo.
Estará o luxo pouco a pouco retornando às suas antigas raízes?